domingo, 16 de novembro de 2008

Instalações militares de Esposende estão à venda



Instalações militares de Esposende estão à venda
O Forte S. João Baptista, na foz do rio Cávado, Esposende, faz parte da lista de infra-estruturas militares para venda.
Segundo a lista difundida na Rádio de Esposende, em 12 de Novembro, a par da publicação em Diário da República, entre outros órgãos de comunicação social. O património histórico de Esposende continua a desaparecer: já foi o Instituto de Socorros a Náufragos; agora o Forte da Barra, as instalações destinadas a estaleiro naval desactivado… E a desactivada Estação Radionaval de Apúlia, para onde foi? Que mais irá acontecer em Esposende!
As informações que nos chegaram pela Internet, por escassas, chegou a confundir; o caso, afinal, era mais importante pois a infra-estrutura histórica vai desaparecer. Sabiam que anexo à muralha do lado oeste, manteve-se por longo tempo com um galinheiro indecente, sem que as autoridades o mandassem retirar?
Agora a situação é outra: vamos perder um documento que veio em 1572 com o Foral de Vila e de Concelho; desempenhou importante plano estratégico na defesa a Esposende e a toda a sua região, além do valor histórico. Aliás, o forte, no século XVIII foi abandonado e foi desarmado das suas seis bocas-de-fogo!
Ora, pelas informações a correr, a LPIM (Lei de Programação das infra-estruturas militares), aprovada pelo PS e pelo PSD, ocorreu em Julho passado. No país serão 200 os bens a alienar, entre: quartéis, paióis, estradas, casas e conventos, carreiras de tiro (houve uma boa, em Esposende). Os bens alienados, por isso, farão parte do conjunto dos 834 milhões de euros de receita, para modernização de equipamentos entre outros fins; é que o serviço militar obrigatório já deixou de o ser logo, as infra-estruturas vão custear, assim, a “modernização” das Forças Armadas.
O espaço de que dispomos, por efeito de programação, é escasso para dizermos o que poderá valer a pena para salvar Esposende de perder mais este documento histórico. É que D. Sebastião, em 1572 quando nos legou o Foral de Vila e de concelho, sabia do nosso esforço para o desenvolvimento deste território é beira-mar e da sua valência para nos defendermos das investidas de corsários e de outros inimigos. E agora; perdemos o Instituto de Socorros a Náufragos, o Forte; os estaleiros navais, a quem irá tocar ou custear? Vai manter-se, então, o equipamento Farol e Sinal sonoro à navegação para orientar a rota na costa marítima de Esposende?
Artur L. Costa

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