terça-feira, 6 de julho de 2010

JORNAIS - ANTIGOS DE ESPOSENDE


JORNAIS - ANTIGOS DE ESPOSENDE
Um dos jornais antigos mais antigos, fundados por José da silva Vieira: O ESPOZENDENSE QUE APARECEU A PÚBLICO EM 18 DE Agosto de 1906.
Foi proprietário, Editor e Director, além de impresso na tipografia na rua da Nogueira. Era responsável pela sua publicação, Manuel da Costa Freitas, editor e responsável, desta publicação que se assume de independente. Impresso na Tip. Espozendense, de José da Silva Vieira.
Era de publicação semanal e o custo por exemplar: 1,200 mil reis; neste primeiro ano de publicação segurou-se bem pois, a gravura que embeleza o cabeçalho é da autoria de Manuel Viana, o vianinha, professor de desenho em Lisboa.

sexta-feira, 2 de julho de 2010


MEMÓRIA DE ESPOSENDE – Da escritora Agustina Bessa-Luís
Do texto publicado no programa à Senhora da Saúde, 1993
Retratar Esposende em prosa, com intelectualidade e fidalguia, só uma autora com a capacidade de Agustina Bessa-Luís, uma das admiradoras desta região minhota. Seria, em nosso entender, um bom mote para outro melhor prémio literário, como é o Nobel, outro para competir universalmente.
De facto, “Memória de Esposende” é um texto de fino pendor intelectual, que se inicia com esta afirmação: “Do Mestre licenciado André de Resende proponho estas palavras; “tão antigo costume é estimar a memória antiga…D. João III estimava Resende pelo saber e virtude; ele era a pessoa contente e satisfeita com os seus estudos e repouso literário, porque, “os homens dados às letras com letras servem. Da í ter ensinado latim ao velho Carlos V; mais afrente: D. Sebastião, esperança do reino em que para vos servir nascemos, dado a nós por Deus, pedido a Deus por nós… E um trânsito quebrando nos comove”.
Esposende tinha duas almas: a do sul, que era piscatória, e a do norte, que era banhista. Uma era feita de gente natural e misteriosa. A alma do sul já existia quando o reizinho D. Sebastião jogava às laranjas com os seus cortesãos…
A descrição da “ nossa” escritora deixa-nos este suspenso, para aguçar o resto da história sobre Esposende.

quinta-feira, 1 de julho de 2010



ESCULTOR: ANTÓNIO CARLOS ESTEVES

O edifício destinado a Museu de Artes de Fão, foi moradia, entre outras utilidades, ali no centro do burgo fãozense sendo inaugurado em Agosto de 2004, no antigo restaurante mar e rio e logo o município de Esposende se prestou a homenagear uma figura nacional, embora barcelense por nascimento, fez carreira por Esposende, radicou-se em Fão onde constiuíu família.
O escultor António Carlos Esteves, dedicou a sua actividade integrando-se no seio de um Município educador, Esposende, de características muito peculiares.
Da sua biografia, teríamos muito a narrar pois, no decorrer dos anos em constante convivência, cimentou-se uma amizade que resistiu a inúmeros episódios, entre eles, a rivalidade que sempre imperou com a travessia da ponte sobre o rio Cávado.
Terminadas as obras previstas na edificação, de adaptação a Museu de Artes, com vista à homenagem do Município de Esposende. Aliás, o espólio do saudoso Escultor e amigo, de tão vasto corria-se o risco de perder-se por outras paragens, não por entre o pó bafiento do esquecimento, como é uso e costume nestas paragens da ribeira Cávado, mas pelos homens, uns ingratos. Deve-se, por isso, a seu filho João e
à viúva D. Judite Esteves, a salvaguarda de sua memória.
António Carlos Esteves, 57 anos de idade, nasceu em Barcelos, mas em 1943 matricula-se na Escola de Belas Artes do Porto, actual Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto; recebeu um prémio pecuniário em 1947, a propósito do nascimento de Soares dos Reis, além de numerosos prémios pelos seus trabalhos de artes plásticas. Teve falecimento repentino. Porém, fundou o “o Fangueiro”, jornal de que foi fundador e onde tive a honra de colaborar durante uns anos; foi Comandante dos Bombeiros Voluntários de Fão, onde tive o gosto de apoiar, sobretudo, em trabalhos administrativos.
A sua vasta obra de artista encontra-se espalhada por Esposende, sendo nesta cidade onde se concentra a maioria dos seus trabalhos: assim de entre os mais conhecidos e admirados, será de recordar: Francisco da Rocha Gonçalves, o medalhão de benemérito, hoje sede da Junta de Freguesia, em 1950; busto do poeta ANTÓNIO CORREIA DE OLIVEIRA, na praça do município, datado de 1955; busto do benemérito Marcelino de Queiroz, no jardim do hospital da misericórdia, Esposende; medalhão dedicado ao ministro engº Arantes de Oliveira, na avª marginal, em 1965; busto de Manuel de Boaventura, por obra póstuma fundida em 1963, em Sampaio de Antas, junto à escola primária; placa quadrangular da benemérita D. Amélia Correia de Oliveira, por molde em gesso.
A obra de António Carlos Esteves estende-se por outros horizontes e que não podemos olvidar: os quadros sobre pintura que retratam, não só as características de Esposende e Fão, como basicamente, aspectos que a natureza deixou para António Carlos exercitar o seu traço e que poderão ser apreciados no museu de artes de Fão, com o seu nome.

Artur L. Costa