NATAL DE ANTIGAMENTE – A PESCA DA NOITE
Já nem me recordo qual foi o apuro
da Noite. O Sr. Barreira, que era Guarda Fiscal, ficou preocupado com a presença
desta juventude; não ligou a nada,
escondeu-se e foi fazer vigia ao cais Salva-Vidas , dá - lhe a curiosidade
e veio a correr até ao Posto de despachos, quando lá chegou: raios de Homens
,berrou, É Natal, e ainda á procura de quê? andas à roda à procura do quê? E o Vareiro, o mais valente, desatou a dar
voltas, esquecera que a noite era de Natal e começara naquele instante!!! É que logo a seguir, no Rodrigues Sampaio, a
rapaziada começou a cantoria ao Menino Deus pela sorte que nos trouxe. Era o
Bota Ano Velho Fora, venha o Novo cá prá
dentro…
De facto, já se passaram uns anos
largos e a tradição começa agora a dar os seus resultados. A noite de véspera
de Natal, quando nasce o Deus Menino, em tempos idos, era de pouca devoção;
agora o respeito é outro, toda agente gosta de lhe rezar.
Neste período conturbado
respeitante às dificuldades económicas e de sociedade,Ficaram-se por ali e
foram ver o que se passava. Pelos vistos, o Grupo de Marinhas, por causa dos
pastores e das tradicionais contra-danças em honra do Deus Menino chamou muita
da nossa gente que apreciava estas
festas pelo Natal.
Já agora para fechar, vimos um
exemplar de O FÃOZENSE QUE ABORDAVA A VELHA ASPIRAÇÃO DO COMBÓIO DA BEIRA MAR,
com o ramal até à Póvoa de Varzim, que nunca mais chegou a Esposende.