sexta-feira, 11 de julho de 2008

Nos Velhos tempos



Por :Artur L. Costa
NOS VELHOS TEMPOS…
No deambular pelas velharias que o pó faz esquecer nos armários e gavetas, despertou-nos uma enorme curiosidade: a fotografia encontrada junto de outros papéis fez-nos procurar saber o que representava.
Com efeito, o nosso Paulo, depois de muito insistir na identificação dos atletas ali fixados, conseguiu recordar o que muita gente já esqueceu. E fomos longe, pois foi um regressar ao passado, afinal tão perto, era o regressar aos velhos tempos.
Então, identificamos e bem, a Profª. Borda Finisterra, sobrinha de Antonino Borda que vivia no Cais e pegado aos Bombeiros, sempre ligada ao desporto escolar, acompanhada de 12 atletas que foram participar num torneio de râguebi (desporto nascido numa cidade inglesa chamada Rugby, junto do rio Avon) adoptado em Portugal, depois do 25 de Abril de 1974. Pela foto fica a saber-se que o local é o Estádio Nacional, Lisboa.
Ora, tudo isto trouxe-nos à memória, as carinhas larocas dos nossos jovens fãozenses e vamos citar os que conhecemos: Mandinho, Zé Bandeira, Eurico Careta, Tino Carriço, Gastãozinho, Vau do Arménio, Rui Campinha, Jorge do Correio…
Não sabemos que resultados trouxeram para casa, mas o que importa, é mostrar até onde foram estes valentes, num período de reviravolta no Portugal democrático. Convém, todavia, aprofundar o possível sobre essa participação cabendo-nos fazer acreditar, que teriam sido “mais ou menos”…
Á noite, nos quartos, o barulho dos fãozenses atraiu outros atletas, por acaso de haterofilia, estrangeiros e de porte descomunal. O incómodo levou a uma chamada de atenção, aos nossos atletas que os portugueses ficaram de tal modo impressionados pelo corpanzil dos reclamantes que o melhor era calar.
Representavam a Escola Preparatória António Correia de Oliveira, Esposende . Não surpreende que á data, esta modalidade desportiva, no pós 25 de Abril/74 era a grande novidade, onde se julgava que teria futuro, considerando a média das idades dos atletas (16 anos) o grupo estaria influenciado por Júlio Faria, um apaixonado por tais novidades dessa época. A ideia, porém, sabe-se, “não pegou” e cedo veio a ser esquecida.
Em 2008, tantos anos já passados, destes 12 atletas bem intencionados que será feito deles? Onde param e se gostariam de ver esta notícia e a conversar sobre outras peripécias “gostosas”, hoje sucesso ou fracasso, e a causa de tudo ter desaparecido da memória; e onde pára a hilariedade dessa época, o convívio, entre outras brincadeiras.

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