sexta-feira, 4 de julho de 2008

memoria joao vale ferreira

Em Memória de João Vale Ferreira:
Lançamento do livro, - ” Dicionário: uma palavra ou expressão para cada letra”: um ano depois da sua morte
Por: Artur L. Costa
Um evento de tomo ocorreu na data certa, de impacto para sempre:
No dia 9 de Julho de 2007, em Barcelos, no decorrer da 25ª edição da Feira do Livro, iniciativa da Câmara Municipal, que autarquia e Tertúlia Barcelense aproveitaram para lançar a última obra de João Vale Ferreira, já falecido.
Foi uma surpresa, bem agradável, mas não evitou, com vista à saída do livro, várias diligências por entre os amigos e os admiradores pois, a oportunidade era a ideal para assinalar o acontecimento. Barcelos perdeu um intelectual “de classe”, seria imerecido esquecer tamanho vulto. Tal como no passado esta figura de intelectual, de barcelense e de jornalista, amigo de seu amigo, ainda vive na memória de quantos o conheceram e dedicaram uma amizade sem quaisquer dúvidas, além do seu valor de Homem, que teve lugar a apresentação pública do último livro, com um cenário bem apropriado: a Feira do Livro de Barcelos, já com 25 anos de idade, além de boa moldura de amigos e admiradores.
O orador escolhido para evocar João vale Ferreira foi o Padre Carlos Vaz, Professor da Universidade Católica que, letra a letra, como se fossem temas poéticos e de prosa, fez os comentários sobre a obra do falecido, terminou com o grego e o latim e bem assim, da sua influência na língua portuguesa, por especialistas e de versáteis professores no uso dos vocábulos.
A recordar a figura do homenageado, Eduardo Costa, da CORAZE, recordou alguns aspectos do companheirismo e do apoio em várias situações, além de saídas até ao Brasil, sempre em defesa da nossa língua; Alice Morais, em representação da Tertúlia Barcelense, fez o agradecimento das ajudas e dos apoios que possibilitaram a saída desta obra de alcance histórico na cultura barcelense; Victor Pinho, Bibliotecário da Autarquia local, amigo e muito próximo de João Vale Ferreira. Na sua dissertação, em tom de panegírico, fez uma retrospectiva das actividades do homenageado ao longo dos anos, com passagem obrigatória pelas acções desenvolvidas em áreas da sua especialidade. Era obrigatório, sem dúvida, abordar aquelas onde a sua iniciativa ficará na história: revista Escolar, em Monserrate, Viana do Castelo; Amanhecer, Escola Secundária de Barcelos; Diferença, Escola de Tecnologia e Gestão de Barcelos; Avenida do Minho, Escola Secundária Alcaides de Faria; foi co-fundador de Falcão do Minho; desempenhou funções de direcção: IPIR (Instituto Português de Imprensa Regional que dinamizou; Círculo Católico de Barcelos, Academia de Música e fundou a Tertúlia Barcelense; Provedor da Real Irmandade do Senhor Bom Jesus da Cruz de Barcelos; participou em debates sobre a língua Portuguesa e sobre novas tecnologias da Informação; participou em debates, nas deslocações ao Brasil, para esclarecimentos e defesa da língua portuguesa, das mais faladas no Mundo. Estamos pois, com Barroso da Fonte, quando cita o valor do Homem e do intelectual barcelense, de quem fomos amigos, quando recorda João Vale Ferreira, figura carismática, (como referimos), em Poetas & Trovadores, publicação de que é Director. Merece pois, as palavras que lhes dirigimos.
Deixou obra, como docente e orador, amigo e poeta de todas as horas. De facto, como disse um dia: “Envolto em dura ternura/ Impelido por força violenta,/Que no mais profundo do âmago,/ assentara arraiais,/ Parti,/Na noite do tempo,/Ofegante enamorado,/ Em busca do tempo sem noite…”
É que, o livro “deixado” aos amigos entrou no mercado, na convicção do seu êxito, como tantas outras já lançadas. O “Dicionário”: uma palavra ou expressão para cada letra”, tem boa apresentação, caracteriza o seu autor e constitui justa homenagem a quem tanto batalhou na defesa do bom português. Mantemos a nossa afirmação, ao tempo: ” Morreu o Homem, mas o Poeta, o Amigo intelectual, Não!.. ainda vive no âmago de cada um de nós.
Artur L. Costa, Esposende

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