sábado, 7 de novembro de 2009


CRONICAS DE ANTIGAMENTE

A fundação dos Bombeiros Voluntários de Esposende
Ao tempo, com a designação de Associação Humanitária e Beneficiente dos Bombeiros Voluntários de Esposende, os actos para a legalização desta Associação passou por várias fases que a sessão da Assembleia Geral de 6 de Janeiro de 1891, na casa de Lourenço da Costa Leitão, a Casa do Arco, hoje Biblioteca Municipal e onde funcionou o Colégio Infante e Sagres fundado em 1951, decidiu que se deveria constituir, fixando a jóia e a mensalidade para os sócios e, ainda, abrir subscrição para a constituição do corpo de Bombeiros e nomear uma Direcção composta por três membros para se administrar, sob sua responsabilidade, os interesses da Associação, isto a propósito da proposta do sr. Xavier Ribeiro Viana.
Nomear os directores, fixada a jóia e mensalidade aos sócios, o projecto tomou andamento e a tal rapidez que, Domingos Lopes da Costa é nomeado 1º Comandante do corpo Activo. Estavam os actos em 31 de Julho de 1926, coincidindo com a inauguração da cabine pública de telefone na Casa Havaneza. Entretanto, deficiências entre membros do Corpo de Bombeiros, levou à demissão do 1º Comandante e do 2º, este Ramiro de Almeida Cabral, em 25 de Março de 1933; contudo, as diligências na Assembleia Geral de 6 de Janeiro de 1891, retoma-se a 14 de Junho de 1926 na Assembleia realizada para o fim proposto, para recepção de material na posse do anterior Comandante, João Fernandes Faria Vasconcelos, ao tempo, Administrador do Concelho e da Câmara Municipal. São nomeados: Presidente – Dr. Sousa e Costa e convidado Domingos Lopes da Costa e Joaquim Nogueira Guerra, para Secretários.
No decorrer da leitura da acta, interrompe-se por incidente, que se julga entre o Comandante em fase de demissão de função que veio a ser retirada. No reatar foi eleita a Assembleia Geral, para dar continuidade dos trabalhos.
Daremos os pormenores pois, é a partir desta data que tem fundamento legal a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Esposende.
Como é do conhecimento geral, os B. V. de Fão são fundados em 24 de Setembro de 1926, com instalações inauguradas na Avenida do Senhor Bom Jesus. O livro, entretanto publicado, refere-se ao tema, mas Bombeiros de Fão.
Entretanto, esclarece-se, Domingos Lopes da Costa entrou para o Corpo Activo dos Bombeiros Voluntários de Esposende, em 31 de Julho de 1926. Porém, a 25 de Março de 1931, Domingos Lopes da Costa, pediu a exoneração de funções, alegando razões particulares.

Novo capítulo haveria de ser aberto pois, muito haveria a tratar que não, segundo soubemos em tempos mais próximos, devido às alterações havidas.
A 14 de Junho de 1926, Ramiro D’Almeida Cabral, funcionário superior da Casa Havaneza é admitido para as funções de 1º Comandante e como teria de se cumprir o estatuído, da Assembleia, para recepção de material da Corporação dos Bombeiros efectuada no edifício próprio, foram convidados para a Mesa da assembleia Geral: Presidente, Dr. Sousa e Costa; este convidou, ainda: Domingos Lopes da Costa e Joaquim Nogueira Guerra para secretários.
Aberta a sessão, feita a leitura da proposta de estatutos, um breve incidente interrompeu a sessão, mas retiraram. Confirmada a eleição dos respectivos Corpos directivos, assim constituídos:
Presidente: Alberto Fernandes de Faria; Vice – Presidente, Lourenço Costa Leitão; 1º Secretário – Filipe C. D’Almeida Gomes; 2º Secretário P.e Adelino Lopes Pedrosa; Tesoureiro, Álvaro Carvalhal; 2º Secretário – Tito José Evangelista.
Está, finalmente constituída a legalidade desta Associação dos bombeiros Voluntários de Esposende.
Anunciado a inscrição de sócios para o corpo Activo:
Artur B. Rego, 1º Comandante; Manuel Fernandes, 2º Comandante; Eduardo Rodrigues Ferreira, Adolfo Leão Sousa, Francisco Vilas Boas Júnior, Manuel Nibra, Ricardo Espírito Santo, Agostinho Ferreira, Joaquim Rodrigues Ferreira, Domingos Lopes da Costa, Joaquim Nogueira Guerra, Arlindo da Silva Pinto, Joaquim da Costa Eiras, Francisco Vilela Martins Ribeiro, Adão Martins Ribeiro, Manuel Velasco Lopes, Abílio Nunes Novo, João Costa Faria.
Dos elementos recolhidos, através de apontamentos arquivados, conclui-se a primeira e a mais importante, para a fundação desta Associação esposendense, que tem prestado muitos e bons serviços à comunidade.

Artur L. Costa

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