quinta-feira, 18 de dezembro de 2008


O ABRAÇO DAS RAÍZES,
DE: José Cândido da Fonte

Mais uma obra nasceu do âmago de José Cândido da Fonte o que nos leva a trautear, embora sem música, a rima do Cávado a correr até ao Mar, embatendo em areias e penedias, entre salgadas e doces antes de chegar ao seu destino imenso, até se perder de vista no horizonte.
Será de apreciar, por isso, a exemplo da obra anterior - e que tivemos o gosto de comentar - da profundidade do pensamento do autor e a forma simples, mas objectiva, de manifestar as suas qualidades.
As raízes sempre foram assim, um tema aliciante por onde se podem encontrar muitos abismos cheios de curiosidades. É o caso em apreciação e de que a estrofe é exemplo:

LABIRINTO
Não estou limitado por teorias,
Não sou escravo da religião,
Não sou enganado por filosofias,
Nem por subtis sistemas ideológicos.
Feliz aquele que está fora das garras
Destas limitações.

O livro, somos de opinião, está bem concebido tendo em conta a ideia e a intenção de nos penetrarmos nas raízes, sejam de plantas, sejam de gente com alma, isto é, com vida; de rima cantante e alegre o que ajuda a interpretar o pensamento do autor. De resto, sobre Raízes tudo é profundo pois, se “o espinho orgulha-se da sua rosa”, “E o Homem de suas raízes” é como quem poderá dizer: Quem sou eu, mortal que a terra há-de consumir?
A capa tem significado; bastará reler os pensamentos desta nota e adaptar… Porque as raízes são um mistério quase insondável! Parabéns e ficamos à espera de uma próxima publicação poética.

Artur L. Costa, Esposende

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