quinta-feira, 1 de julho de 2010



ESCULTOR: ANTÓNIO CARLOS ESTEVES

O edifício destinado a Museu de Artes de Fão, foi moradia, entre outras utilidades, ali no centro do burgo fãozense sendo inaugurado em Agosto de 2004, no antigo restaurante mar e rio e logo o município de Esposende se prestou a homenagear uma figura nacional, embora barcelense por nascimento, fez carreira por Esposende, radicou-se em Fão onde constiuíu família.
O escultor António Carlos Esteves, dedicou a sua actividade integrando-se no seio de um Município educador, Esposende, de características muito peculiares.
Da sua biografia, teríamos muito a narrar pois, no decorrer dos anos em constante convivência, cimentou-se uma amizade que resistiu a inúmeros episódios, entre eles, a rivalidade que sempre imperou com a travessia da ponte sobre o rio Cávado.
Terminadas as obras previstas na edificação, de adaptação a Museu de Artes, com vista à homenagem do Município de Esposende. Aliás, o espólio do saudoso Escultor e amigo, de tão vasto corria-se o risco de perder-se por outras paragens, não por entre o pó bafiento do esquecimento, como é uso e costume nestas paragens da ribeira Cávado, mas pelos homens, uns ingratos. Deve-se, por isso, a seu filho João e
à viúva D. Judite Esteves, a salvaguarda de sua memória.
António Carlos Esteves, 57 anos de idade, nasceu em Barcelos, mas em 1943 matricula-se na Escola de Belas Artes do Porto, actual Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto; recebeu um prémio pecuniário em 1947, a propósito do nascimento de Soares dos Reis, além de numerosos prémios pelos seus trabalhos de artes plásticas. Teve falecimento repentino. Porém, fundou o “o Fangueiro”, jornal de que foi fundador e onde tive a honra de colaborar durante uns anos; foi Comandante dos Bombeiros Voluntários de Fão, onde tive o gosto de apoiar, sobretudo, em trabalhos administrativos.
A sua vasta obra de artista encontra-se espalhada por Esposende, sendo nesta cidade onde se concentra a maioria dos seus trabalhos: assim de entre os mais conhecidos e admirados, será de recordar: Francisco da Rocha Gonçalves, o medalhão de benemérito, hoje sede da Junta de Freguesia, em 1950; busto do poeta ANTÓNIO CORREIA DE OLIVEIRA, na praça do município, datado de 1955; busto do benemérito Marcelino de Queiroz, no jardim do hospital da misericórdia, Esposende; medalhão dedicado ao ministro engº Arantes de Oliveira, na avª marginal, em 1965; busto de Manuel de Boaventura, por obra póstuma fundida em 1963, em Sampaio de Antas, junto à escola primária; placa quadrangular da benemérita D. Amélia Correia de Oliveira, por molde em gesso.
A obra de António Carlos Esteves estende-se por outros horizontes e que não podemos olvidar: os quadros sobre pintura que retratam, não só as características de Esposende e Fão, como basicamente, aspectos que a natureza deixou para António Carlos exercitar o seu traço e que poderão ser apreciados no museu de artes de Fão, com o seu nome.

Artur L. Costa

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