sábado, 30 de janeiro de 2010


CRÓNICA DE ANTIGAMENTE…
ÁGUA PRÓ ESTALEIRO NAVAL!

Na rubrica “Da Ribeira”, de Jornal de Esposende, certo dia, apareceu uma crónica estranha, mas oportuna, justa!
Tratava-se de um lancinante apelo, veemente, ansioso: Há alguém de “peso” capaz de mandar canalizar a água para o estaleiro naval, da Ribeira ???.
Sempre atento às necessidades mais prementes dos trabalhadores, tratava-se do estaleiro, era preciso dar água e Belemino, lançou o tal apelo, porque a água, necessidade de 1ª categoria, por essencial à vida, insistiu, clamou este bem para os homens do estaleiro naval.
Ora, o clamor, entretanto, fez eco nessa altura, porque o jornal não podia fornecer o que não tinha.
Uma noite, o grupo da dobra para expedir o jornal, encontrou o responsável pelas águas e chateou a moina ao Eng.º João Barros. “Pois é! Vou ver o que se passa, e o que se pode fazer…” respondeu alegre e folgazão, mas pacato engenheiro das águas, (já falecido), depois de um forte murro na mesa de fazer tilintar os copos. Eram os primeiros dias de 1989. E, tempos depois, veio a resposta: “Os sedentos trabalhadores do Estaleiro nunca requisitaram água aos Serviços Municipalizados de Esposende !!!”
Tentou-se, então, pela senhora cunha, a instalação de um fontanário, se possível, com um valente repuxo…
Mais tarde, em resultado das nossas diligências, porque a sede no estaleiro naval, foi sempre muita, penosa e pior que no deserto do Norte d’ África, a nossa senhora cunha, trouxe a resposta: Sem essa formalidade, nada feito! Ou seja, à borla, no estilo de fontanário público, a sede vai continuar…
COMENTÁRIO: Ninguém quis meter água no estaleiro, “nem prego, nem estopa”, porque o problema obrigava a pesado encargo e, lá está! Ninguém assumiu…
Não faltou, ao tempo o dito habitual: Ora! Que vão ao rio, ali ao pé…
Gravura de barco no estaleiro

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